A transferência do Centro Cultural Odylo Costa Filho da Secretaria da Cultura para a Secretaria da Educação provocou inquietação no meio artístico e cultural de São Luís.
Um protesto foi articulado e desmobilizado após abertura de diálogo com Paulo Vitor, o novo secretário de Cultura do Estado. Mas o diálogo não prosseguiu.
Para tratar deste assunto, o Jornal Tambor de hoje (12/05) ouviu Darcyleia Sousa e Rosianne Silva de Jesus. Darcyleia é arte educadora, professora da rede estadual de ensino e integrante do Fórum de Artes Cênicas. E Rosianne é atriz, professora de artes, integrante da Coordenação do Fórum de Artes Cênicas e representante estadual pelo Maranhão na Federação de Arte Educadores do Brasil – FAEB.
(Veja, ao final desse texto, a íntegra do Jornal Tambor, incluindo a entrevista de Darcyleia e Rosianne)
Rosianne fez uma colocação fundamental, quando citou Bolsonaro. Hoje o Brasil tem um governo que evidentemente promove uma série de iniciativas no sentido de criminalizar, fragilizar e mesmo destruir a política cultural do país. No entanto, ela questionou o atual governo maranhense para que ele tome ações concretas numa outra direção.
O Centro de Criatividade Odylo Costa Filho encontra-se hoje fechado para uma reforma. Os artistas querem prazo para reabertura e transparência nos gastos. Além disso, existe um desejo que o Odylo integre uma política de Estado, não de um ou outro governo.
Darcyleia falou que o local surgiu como um centro que abriga diversas linguagens artísticas do Maranhão. Tornou-se um espaço de referência. E seria “um apagamento histórico perdê-lo”.
As entrevistadas reclamaram da falta de consulta, do governo não ouvir os artistas e produtores.
Rosianne questionou onde estão os recursos do fundo de cultura do governo do Maranhão, já que existe uma alegação que a Secretaria de Cultura não conseguiria manter a estrutura do Odylo.
“É preciso um esclarecimento das autoridades”, diz a atriz.
(Veja abaixo a íntegra do Jornal Tambor, incluindo a entrevista de Darcyleia e Rosianne)