Cinco povos indígenas – que vivem no Maranhão – querem participar do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Estado.
Os povos Akroá Gamella, Tremembé, Kariú Kariri, Anapuru Muypurá e Tupinambá assinaram uma nota pública, cobrando o governo do Maranhão sobre a participação deles nesse Conselho, que foi empossado no último dia 15 de fevereiro.
Leia na íntegra a nota pública dos indigenas publicada no site do Conselho Indigenista Missionário
Para tratar desse assunto, o Jornal Tambor dessa quinta-feira (17) ouviu Kum’tum Akroá-Gamella e Lidiane Alves.
(Veja abaixo, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Kum’tum e Lidiane)
Kum’tum faz parte do Conselho do Povo Akroá-Gamella, que tem seu território na Baixada Maranhense. E Lidiane é indígena Kariú Kariri do Maranhão, poetisa, mestra e doutoranda em Antropologia Social.
No Jornal Tambor, eles discutiram a importância fundamental da educação indígena contar com a participação dos próprios indígenas.
Outro assunto tratado foi o critério de ter território reconhecido, demarcado, para participar desse Conselho de Educação.
Num país onde onde o atual presidente já disse, em alto e bom som, que não vai demarcar nenhum centímetro de terra indígena, esse não deve ser critério para referenciar um política de proteção, inclusão e participação popular.
No Jornal Tambor foi lembrado que o Brasil tem sua história marcada por séculos e séculos de violência contra negros e indígenas, que o país nasceu de uma invasão de terras por parte de europeus, onde hoje a extrema-direita propagada o Nazismo, uma ideologia racista.
Nesse cenário, ao falar de democracia e justiça social, é fundamental enfrentar o racismo, ouvindo negros e indígenas, além de tê-los nas esferas de decisão política.
(Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Kum’tum e Lidiane). 👇👇🏿👇🏾