O jogo entre Náutico Capibaribe e Sampaio Corrêa, ocorrido no último dia 15 de novembro, pela 36 rodada do campeonato brasileiro da Série B, foi marcado por um caso de homofobia, por parte da torcida do clube pernambucano.
A violência foi contra o goleiro da Bolívia Querida Luiz Daniel. Diante disso, o Náutico poderá ser denunciado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A punição poderá ser em forma de multa.
O juiz do jogo, Ivan da Silva Guimarães, informou oficialmente, num adendo a súmula da partida, que “aos 22 minutos do primeiro tempo, no momento da cobrança do tiro de meta realizado pelo goleiro do Sampaio Corrêa, o senhor Luiz Daniel, ouvi gritos homofóbicos oriundos da torcida do Náutico”. O árbitro informou também que o episódio não voltou a ocorrer.
Repúdio
Durante a transmissão pelo canal Premier, o fato foi registrado e tanto o narrador (Rembrandt Júnior), quanto o comentarista (Cabral Neto), ambos de Pernambuco, criticaram enfaticamente o episódio.
Logo após o jogo, o Náutico se posicionou publicamente, repudiando o comportamento dos seu torcedores. Em sua conta oficial no Twitter, o clube registrou: “Nas arquibancadas dos Aflitos só cabem o amor e o incentivo ao Náutico. A homofobia e qualquer outro preconceito não combinam com nossas cores”.
Junto com o texto da postagem, o clube pernambucano publicou uma imagem com as cores do time (branco e vermelho) e uma bandeira com as cores do arco-íris, com uma frase: “entre o vermelho e o branco cabe um arco-íris inteiro #NãoÀHomofobia.
Punição
No início deste mês de novembro, a Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, de forma unânime, punir o Flamengo (RJ) em R$ 50 mil por cantos homofóbicos da torcida no jogo contra o Grêmio (RS), na volta das quartas de final da Copa do Brasil.
A notícia de infração foi apresentada no dia 27 de setembro, pelo Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ, a partir de vídeos que circulavam nas redes sociais da torcida rubro-negra entoando: “Arerê, gaúcho dá o c* e fala tchê”.
O STJD confirmou que foi a primeira vez que um caso de homofobia foi punido pela comissão, que apesar de caber recurso, o Flamengo decidiu não recorrer.