No dia 17 de junho a noite, viralizou um vídeo em que cerca de 20 Policiais Militares usavam da força contra duas jovens mulheres na Praia Grande.
Foram “detidas” por desacato e porte de um cigarro de menos de 1 g de maconha.
Se a cena e o fato te deixaram indignados, saiba que as duas só conseguiram registrar ocorrência contra os policiais e fazer exames periciais que comprovam as lesões deixadas pela “abordagem”, após mais de 12 horas do fato ocorrido.
E se achas que ja é tudo muito absurdo, ontem(21/06) uma das policiais femininas envolvidas na violação à integridade e dignidade das jovens ameaçou uma outra jovem trabalhadora autônoma quando esta vendia brigadeiros na praia grande.
A jovem guarda grande semelhança com uma das vítimas da ação truculenta e ontem quando estava trabalhando ouviu a frase ” não adianta tirar a trança, eu sei quem você é”.
A policial ainda destruiu um dos doces acusando serem de maconha.
O que se vê é um aparato publico esquizofrênico esgotando dinheiro público para fabricar medo, intimidação e morte.
As jovens estão contando com assessoria e registrando todos os fatos para apuração dos órgãos responsáveis.
Mas, são apenas uma flecha contra uma grande muralha de pedra que é o Estado racista, machista, fascista, de exceção.
Precisamos nos unir a coragem delas e exigir que o abuso e o seletivismo da policia militar do Maranhão seja de imediato descortinado e alvo de ações de correição e judiciais sérias, não-corporativistas, céleres e que reestabeleçam a cidade como espaço público e democrático.
Renata Cordeiro
Ativista pelos direitos humanos