“Brasil é o país onde mais se assassina homossexuais no mundo”. Esta foi um notícia veiculada no site da Rádio Senado, no último dia 16 de maio de 2018.
Hoje, uma pessoa pode pegar até cinco anos de prisão, no Brasil, se discriminar alguém por orientação sexual ou identidade de gênero. Trata-se de crime inafiançável e imprescritível.
Ao longo dessa semana, ocorrerem dois casos de homofobia no Brasil, através de redes sociais. Ambos tiveram grande repercussão.
Um deles envolveu o jogador da seleção de vôlei, Maurício Souza, um atleta olímpico. O outro foi com o senador Roberto Rocha, eleito pelo Maranhão e hoje sem partido.
Maurício Souza atacou uma história em quadrinhos, contendo um herói gay. Diante de sua atitude, o atleta sofreu prejuízos imediatos. Foi demitido do seu clube e não será mais convocado para a seleção brasileiro.
“É inadmissível este tipo de conduta do Maurício e eu sou radicalmente contra qualquer tipo de preconceito” disse o técnico da seleção brasileira, Renan Dal Zotto, deixando bem claro que “em se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos”.
Em relação ao Minas Tênis, clube onde ele jogava, houve reação muito forte dos patrocinadores da equipe. A Gerdau disse em nota pública que a empresa “repudia qualquer tipo de manifestação de cunho preconceituoso e homofóbico”. A Fiat também ameaçou tirar o patrocínio.
Congresso Nacional
No Maranhão, o senador Roberto Rocha também disse despropérios nas suas redes sociais, agredindo a adolescente Alex Brito, influencer conhecida nas redes sociais como Bota Pó, que participou de uma propaganda institucional do Governo do Maranhão.
O senador, hoje alinhado a extrema-direita, atacou a participação de Bota Pó na propaganda. Com a força da adolescente nas redes sociais, a reação foi imeadida e o agressor rapidamente tirou sua postagem. No entanto, fez nota mantendo a crítica ao governo.
O Secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular do Maranhão, Francisco Gonçalves, formalizou denúncia ao Senado, na última terça-feira (28), citando inclusive o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Acionamos o Senado e as instituições de justiça para medidas cabíveis”, disse o secretário, argumentando que o caso “não deve e não pode ficar impune”. Francisco Goncalves fala em “justiça por Bota Pó e toda a população que se sentiu atingida pela postura do senador”.
Encerramos esta matéria da mesma forma que iniciamos, lembrando que no Brasil é crime discriminar alguém por orientação sexual ou identidade de gênero. Então, é preciso acompanhar os desdobramentos, desses dois casos. Crime tem que ter punição judicial, independente do poder do criminoso.