Da Agência Tambor
Por Paulo Vinicius Coelho
01/09/2021
Foto: Divulgação
Agressores não passarão! Esse é o lema do ato ocorrido no último dia 26 de agosto, que se concentrou no Mercado das Tulhas, no Centro de São Luís, marchando depois, rumo a Fonte do Ribeirão.
O Jornal Tambor tratou da violência contra a mulher numa entrevista com a advogada Camilla Ribeiro, a estudante de psicologia Cassandra Cardoso e a atriz Letycia Oliveira. A entrevista foi nesse mesmo dia 26.
VEJA ABAIXO A ENTREVISTA
A mobilização ocorre após a repercussão de um vídeo em que um homem agride e ameaça de morte uma mulher no centro de São Luís.
No último dia 6, a Lei Maria da Penha completou 15 anos. Camilla Ribeiro destaca que a legislação surge a partir da ideia de que viver sem violência é um direito.
A advogada reitera que a denúncia de pessoas que testemunham mulheres sendo agredidas ‘’pode ajudar a vítima a sair de uma situação da qual ela talvez não consiga se livrar’’.
Além da agressão física, a Lei Maria da Penha elenca outras quatro formas de violência: a psicológica, a patrimonial, a moral e a sexual.
A estudante de psicologia Cassandra Cardoso ressalta que a ‘’a violência contra a mulher é multifacetada’’. Pode se expressar de forma explicita, ‘’mas também de modo velado, sutil, num ponto em que nem a própria vítima se dá conta’’.
Cassandra afirma que a violência psicológica se manifesta no comentário que o homem faz a respeito da aparência da companheira, na tentativa de proibi-la de ir a algum lugar ou falar com alguém e em diversas outras situações que acabam minando a autoestima da mulher.
Letycia Oliveira, que já foi vítima, declara que a sociedade legitima a agressão. Ela comenta que o patriarcado divide tarefas femininas e masculinas com o intuito de classificar a mulher como frágil e torna-la propriedade do homem.
A atriz frisa que ‘’o homem agressor não é um monstro, um descontrolado, são homens comuns que circulam normalmente e alguns até tem aparência de calmos, tranquilos, bem educados’’
Depois de citar a música de Mariana Nolasco que diz ‘’abafaram nossa voz, mas esqueceram que não estamos sós’’, Letycia afirma: ‘’nós temos mesmo que nos juntar, ir para as ruas, dialogar, para que a gente possa minimante melhorar essa situação’’
Cassandra aponta que é preciso ‘’discutir exaustivamente para que as mulheres entendam o que é a violência em todas as suas nuances e tenham capacidade de se movimentar’’. A estudante diz que o ato de hoje ‘’é para mostrar para a cidade que nós estamos vendo o que está acontecendo’’ e deixa o recado: ‘’violência contra a mulher a gente mete a colher’’.
🎙️ Veja abaixo, em nosso canal no YouTube, a entrevista com Camila Ribeiro, Cassandra Cardoso e Letycia Oliveira, concedida ao Jornal Tambor, falando do ato “Agressores não passarão”. 👇🏾
https://youtube.com/channel/UCSU9LRdyoH4D3uH2cL8dBuQ
🎧 Ouça pela plataforma Spotify, entrevista relativa ao ato “Agressores não passarão”, concedida ao Jornal Tambor. 👇🏾