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Nunca mais você ouviu falar de mim? Mais vivo que nunca, vinil está na pauta

A Casa Cor de Rosa, que marca um movimento de ocupação cultural do Centro Histórico de São Luis, recebe a Feira de Vinil.

Neste sábado, 20, amantes da música, colecionadores de vinil e curiosos terão em um espaço dedicado à compra e venda de discos, troca de experiências, boa conversa e degustação da culinária maranhense. A Casa Cor de Rosa, localizada na Rua do Sol, nº 554, no Centro de São Luís, a partir das 15h, abre as portas para a Feira de Vinil.

Promovida pelo coletivo Vinil do Mará, Sebo A Casa Tombada, Feira da Tralha e Max Retrô, a programação aposta na nostalgia dos bolachões em um momento em que o vinil volta a ganhar espaço entre artistas e consumidores. A atividade contará ainda com café, cerveja, o tradicional arroz de Maria Isabel e um ambiente de sociabilidade no coração da cidade.

Segundo o arte-educador, sebista e produtor cultural Natan Máximo, entrevistado no programa Dedo de Prosa, da Agência Tambor, o fascínio pelo vinil atravessa gerações. “Os audiófilos afirmam de forma unânime que o vinil é o formato que traz o maior grau de pureza dos sons. Nada substitui o contato físico, seja com o disco, seja com a capa, que é também uma obra de arte”, destacou.

[Veja a entrevista na íntegra ao final desta matéria.]

Para o professor, a resistência do formato está ligada a um processo cultural que não foi apagado pela era digital. “O CD virou um cadáver insepulto, mas o vinil nunca deixou de ser tocado nas casas dos colecionadores. Agora, ganha força novamente entre jovens e novos públicos”, ressaltou.

A Feira de Vinil da Casa Cor de Rosa também marca um movimento de ocupação cultural do Centro Histórico. “No Maranhão, infelizmente, não temos políticas públicas consistentes de cultura. Por isso, cabe à sociedade civil ocupar os espaços e garantir vitalidade ao centro da cidade”, observou Máximo.

O produtor cultural lembrou que a Casa Cor de Rosa surge como espaço permanente, reunindo sebo, café e encontros musicais. “A ideia é oferecer um lugar para conversar, ouvir vinil e fortalecer a cena cultural local. A feira é apenas o primeiro de muitos eventos que queremos realizar ali”, disse.

Além da comercialização de discos a preços variados, a partir de R$ 10, o evento terá sorteio de um item especial: o álbum “Clube da Esquina 2”, considerado uma das obras-primas da música brasileira. “Será uma rifa simbólica, de R$ 5, para ajudar nos custos. É um disco raro, que custa em média R$ 500 no mercado”, anunciou.

O encontro contará ainda com discotecagem em vinil e a presença de expositores parceiros, como Luciano (Max Retrô) e o casal Ribamar e Marli, da Feira da Tralha. “O espaço é também de lazer, de encontro físico, de sair do computador e abraçar as pessoas. É isso que queremos proporcionar”, afirmou Máximo.

A feira segue até às 21h, com entrada gratuita. “Vai ser um grande prazer receber todos. Compareçam, ocupem o centro e ajudem a fortalecer a nossa cultura”, convidou o professor.

🔗 Assista a entrevista completa com Natan Máximo no programa Dedo de Prosa, da Agência Tambor.

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