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Editorial: Caso Nelma Sarney e Edilázio Júnior expõe o problema maior

Problemas sociais, econômicos e ambientais do Maranhão têm origem nas grandes máfias familiares. Imagem: Rede social

É assim: qualquer elemento como Edilázio Júnior pode tornar-se autoridade pública no Maranhão!

É filho? Esposa? Marido? Sobrinho de alguém com as mãos na máquina pública? Se for assim, qualquer um acha que pode ser “eleito” para um cargo importante no Estado.

Estamos em 2025 e, no Maranhão, ainda sobrevive o poder familiar de uma elite local que age como se ainda vivêssemos no século dezenove.

São clãs que negam direitos sociais, corrompem profundamente as instituições públicas, promovem miséria e concentram riqueza — tendo a fraude como instrumento permanente para manter seus inúmeros privilégios.

O ambiente se distancia da ideia de qualquer prática democrática, num modelo em que o poder é hereditário, genético, tratado como propriedade privada — um bem de família.

O sujeito está no poder e acha que pode — a partir da corrupção — eleger a esposa, o filho, a filha, o sobrinho.

Casos de Polícia

Edilázio Júnior é um advogado de extrema-direita que se casou com uma sobrinha de José Sarney.

Sua esposa é filha de Ronald e Nelma Sarney, que se tornou desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão em 1986, um ano depois de o cunhado assumir, sem votos, a Presidência da República.

Edilázio se elegeu deputado estadual em 2010, numa chapa que tinha Roseana Sarney — prima de sua esposa — como candidata ao governo.

Já Nelma Sarney, sogra de Edilázio, antes de ser desembargadora, foi advogada da Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), antiga empresa estatal que era comandada por Fernando Sarney — filho de José Sarney e sobrinho do marido da própria Nelma.

Agora, em julho de 2025, a partir de minuciosa investigação da Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República afirma que Nelma Sarney comandou uma organização criminosa da qual Edilázio Júnior também fazia parte. A mesma Polícia Federal já havia feito essa afirmação sobre Fernando Sarney há cerca de 15 anos.

Estrutura oligárquica do Maranhão é caso de polícia. São máfias. Foto: Rede social

Inimigos da Democracia

Existem outros grupos familiares no Maranhão, com o mesmíssimo padrão Nelma Sarney, que se articulam na mesma estrutura oligárquica.

Estamos falando de uma elite — tão conservadora quanto mafiosa — que, agarrada aos poderes constituídos e ao orçamento público, segue como grave ameaça à vida de maranhenses e brasileiros.

Os clãs familiares do Maranhão são inimigos da democracia! Suas ações criminosas atravessam nossa história e não cabem num ambiente democrático minimamente respeitável.

A antiga estrutura de poder do Maranhão é a negação da democracia.

Enquanto eles forem naturalizados como assunto de política, os nossos graves problemas sociais, econômicos e ambientais serão aprofundados.

Assim como a cunhada Nelma e seu genro Edilázio, eles têm que ser tratados como caso de polícia…

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