
Existe uma decisão judicial de 2023 que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) não cumpriu integralmente. Trata-se de uma dívida relativa a reajustes salariais devidos às trabalhadoras e aos trabalhadores da empresa, que deveriam ter sido pagos entre maio de 2019 e fevereiro de 2023. Atualmente, o montante gira em torno de 30 milhões de reais.
O Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU-MA), que representa os trabalhadores da CAEMA, afirma publicamente que há um impasse criado pelo atual presidente da empresa, Marcos Aurélio Alves Freitas.
Segundo o sindicato, ele teria recuado em relação a um acordo que já havia avançado com a diretora financeira da CAEMA, Flávia Alexandrina.
Diante do impasse, trabalhadoras e trabalhadores da companhia realizaram uma passeata até a porta do Palácio dos Leões nesta sexta-feira (25/04), para cobrar uma solução do governador Carlos Brandão.
Como o governo do Maranhão comanda a CAEMA, e o presidente Marcos Aurélio não estaria solucionando a questão, os trabalhadores decidiram recorrer diretamente ao governador, para tratar do cumprimento da decisão judicial.
A ida ao Palácio foi decidida na manhã do mesmo dia 25, durante uma Assembleia Geral da categoria, realizada junto a sede da CAEMA, no Centro de São Luís.
Com os manifestantes concentrados em frente ao Palácio, dirigentes do STIU-MA foram recebidos pelo Secretário-Chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, em uma reunião que também contou com a presença da diretora financeira da CAEMA.
Em informativo divulgado logo no início da tarde da sexta-feira (25/04), o sindicato informou que “o Secretário Sebastião Madeira foi bastante receptivo”, comprometendo-se a levar a questão ao governador Carlos Brandão e a dialogar com o presidente da CAEMA.
Na véspera do protesto, em 24 de abril, a Agência Tambor entrevistou Vaner Almeida, um dos dirigentes do STIU-MA, sobre o tema.
(Veja a entrevista com Vaner ao final deste texto)
Vaner afirmou: “Desde 2023 estamos buscando essa negociação com a CAEMA sobre o passivo a ser pago. De lá para cá, o sindicato vem tentando avançar no diálogo com a empresa, mas agora enfrentamos um retrocesso, pois o presidente Marcos Aurélio voltou atrás em vários pontos. Não nos resta outra alternativa a não ser buscar o apoio do governo do estado”.
O dirigente sindical também destacou que o STIU-MA continuará buscando formas de negociação e cobrando ações efetivas do governo do Maranhão para melhorar a gestão da CAEMA.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor com a entrevista completa de Vaner)