
O Seminário Trabalho na Cultura, promovido pela Associação Cultura Capixaba (CUCA) e pelo movimento Grito da Cultura, irá tratar dos desafios e caminhos para o enfrentamento contra o desrespeito e a desvalorização do trabalho na cultura no Brasil.
O evento vai acontecer nos dias 3 e 4 de maio, reunindo pesquisadores, trabalhadores, estudantes e sociedade de todo o país para debater políticas públicas, condições de trabalho, direitos e perspectivas para o futuro da cultura.
O Dedo de Prosa, programa de entrevista da Agência Tambor, conversou Karlili Trindade na segunda-feira (14/04). Ela é gestora cultural, educadora, escritora, mestre em Comunicação e Territorialidades e atual presidente da Associação Cultura Capixaba.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra de Karlili)
A presidenta da CUCA disse que o seminário surgiu “a partir de uma necessidade de construção de um espaço onde a gente pudesse debater sobre um tema específico dentro da cultura que é o trabalho, que, as vezes, acaba sendo esquecido. Isso tudo com a colaboração de movimentos que se relacionam com o setor”.
Para ela, o constante histórico de desmonte em políticas de cultura no Brasil prejudica e afeta o setor cultural brasileiro e, consequentemente, o seu modo de trabalho. Karlili falou sobre o problema da precarização e apagamento da cultura e de seus trabalhadores e trabalhadoras.
“A gente tem a galera que fica batalhando recurso eternamente e às vezes consegue os editais pelas lei, mas isso não é para todos. É uma atividade que nasce informal e não é reconhecida como trabalho e isso é institucionalizado, colaborando para o apagamento da cultura no país”, ressaltou a gestora cultural.
Karlili explicou que além dos editais, é urgente que se crie outras possibilidades de fomentos culturais, principalmente para trabalhadores que moram em municípios menores.
A educadora lembrou que “a ideia de fazer o seminário é a gente debater o trabalho na cultura e ter argumentos, propostas e pesquisas sobre o tema, porque a gente sabe que pra fazer qualquer mudança precisamos produzir conhecimento”.
Toda a programação e outras informações estão disponíveis na rede social Instagram. A realização da atividade conta com apoio da Secretaria Estadual de Cultura, da Prefeitura de Vitória (ES) e da Ciclo Escola.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Karlili)