Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
10/01/20
A geógrafa e professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Quesia Duarte da Silva, participou do Radiojornal Tambor, nesta quinta-feira (9). Ela falou sobre o caos institucional que provoca o caos social e a degradação ambiental na cidade de São Luís.
Quesia relatou na entrevista, concedida aos jornalistas Flávia Regina Melo e Emilio Azevedo, que o Plano Diretor é um instrumento fundamental para frear os graves transtornos que atingem toda a população, provocando problemas que vão desde alagamentos, engarrafamentos e acidentes de trânsito, até falta de água, poluição, insegurança alimentar e aumento de preços dos alimentos.
A pesquisadora disse que desaprova inteiramente o projeto de Plano Diretor, que está para ser votado este trimestre na Câmara Municipal e que, entre outra coisas, quer reduzir 41% da área rural da capital.
Segundo Quesia Duarte, alguns pontos do Plano Diretor a serem destacados e que contribuem para o caos social são a falta de proteção das áreas de preservação (praias, mangues, planícies de maré, áreas no entorno das nascentes, lagos, lagoas, lagunas), o desrespeito ao código florestal relativos às áreas que precisam ser protegidas, o descuido com as zonas de riscos de desmoronamento e alagamentos, além da omissão a preservação da Zona Rural.
Estes problemas elencados interferem na segurança alimentar, na moradia, na saúde e no deslocamento pelos bairros de São Luís. Segundo a pesquisadora, “se não protegem os manguezais, a alimentação é comprometida, pois eles funcionam como berçários de animais marítimos”, ressaltou ela no podcast.
“Em nossa pesquisa percebemos que há áreas a serem protegidas. O Plano Diretor é um instrumento essencial para frear o caos institucional”, destacou Quesia Duarte à Tambor.
Ouça a entrevista completa com a professora Quesia em nosso TamborCast: