O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias dos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins (STEFEM) promoveu, durante a semana de 18 a 21 de novembro, uma série de assembleias gerais para discutir com os trabalhadores a última proposta apresentada pela Vale para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2024).
A oferta foi aprovada com 96,2% dos votos apurados. Foi assentido, também, o Acordo Coletivo de Trabalho da PRL, com 95,3%.
Para o Stefem, o alto índice de aprovação dos trabalhadores demonstra o avanço do processo de negociação entre o Sindicato e a Vale, mesmo depois da associação de trabalhadores ter rejeitado em mesa várias ofertas da empresa.
As propostas negadas prejudicavam os benefícios econômicos do trabalhador, como o reajuste para uns, mas deixando outros defasados, por exemplo. A Vale chegou a sugerir o reajuste escalonado, sem levar em conta a inflação e muito menos a concessão do ganho real.
Resultados da negociação
Na avaliação da diretoria do STEFEM, a proposta alcança ganho real nos salários e cartão alimentação, mesmo com índice muito aquém do que a categoria esperava. Além disso, também garante os demais benefícios econômicos reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Outra vantagem apontada é a manutenção do modelo atual da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), pois a alteração que a Vale pretendia fazer “poderia prejudicar o pagamento do direito aos trabalhadores”.
A proposta apresentada pela Vale comtempla reajuste de 5% nos salários a partir de 1º de novembro, piso salarial de R$ 2.120,00, Cartão Alimentação de R$ 1.000,00 e 13º cartão e criação de Conselhos Consultivos do PASA em cada localidade.
A proposta também contempla aumento de 1% para 2% da contribuição da Vale para Valia sobre salários até R$ 5.253,91, a partir de janeiro de 2025; manutenção do modelo de PLR vigente para minério de ferro e manutenção de todos os benefícios do Acordo Coletivo vigente, corrigidos pelo INPC de 4,6%.