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Açailândia! Comunidade celebra conquista de moradias longe da poluição direta 

Foto: Yanna Duarte

Os moradores da comunidade de Piquiá de Baixo, localizada no município maranhense de Açailândia, conseguiram contratos para viverem em um lugar mais distante da poluição direta. As assinaturas dos documentos foram feitas entre os dias 07 e 08 de outubro, com organização da Associação Comunitária de Moradores de Piquiá (ACMP) e da Caixa Econômica Federal, com apoio da Justiça nos Trilhos (JnT).

A conquista veio depois de muita mobilização e luta das famílias. As equipes da Caixa, voluntários da ACMP e da JnT auxiliaram os moradores na leitura e assinatura dos documentos. “É muita alegria, esperamos por isso há tanto tempo!”, comemorou Maria Izabel, segurando emocionada o contrato. O mutirão contemplou as 312 famílias.

Na semana anterior, aquelas pessoas que moram fora de Açailândia também tiveram a oportunidade de assinar seus contratos, demonstrando a união em torno dessa conquista.

Antes do novo bairro Piquiá da Conquista se tornar realidade, a comunidade de Piquiá de Baixo enfrentou uma longa batalha contra a poluição causada pela cadeia logística da mineração, que seria coordenada pela empresa Vale e pelas siderúrgicas locais.

A poluição começou na década de 1980, quando o escoamento de minério de ferro e a produção siderúrgica afetaram drasticamente a qualidade de vida dos moradores. Em 2008, a comunidade votou pelo reassentamento, que se concretizou após mais de uma década de intensa mobilização, com protestos e negociações envolvendo o Ministério Público, a Associação de Moradores e as empresas.

O momento representou um marco na história da comunidade, um símbolo da força e resiliência por melhores condições de vida. Mais do que casas, essas famílias conquistam dignidade e a esperança de um futuro melhor.

Ainda é necessário registrar os contratos em cartório para que, finalmente, seja feita a tão esperada inauguração do bairro.

Este processo simboliza uma vitória coletiva, mas também é um lembrete de que a luta por reparação ambiental e justiça social é contínua.

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Com informações Justiça nos Trilhos

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