A Mostra de Cinema Infanto Juvenil (sic) foi idealizada para promover a democratização do acesso ao cinema para as crianças e adolescentes.
A primeira edição da Mostra aconteceu em São Luís entre os dias 10 e 11 de outubro, no Cinema Sesc Deodoro.
O público desfrutou de dois dias de exibição de filmes, de forma gratuita.
Ao longo da mostra, foram exibidos 10 filmes infantojuvenis inéditos no Maranhão. As obras trazem crianças e adolescentes como protagonistas em narrativas que abordam temas fundamentais e contemporâneos, como sustentabilidade, preservação ambiental, questões raciais, identidade de gênero e sexualidade, além de bullying e vivências nas periferias e comunidades ribeirinhas.
A seleção dos filmes foi cuidadosamente realizada por uma curadoria especializada, composta pelos cineastas Gabriel Marques, Jessica Lauane e George Pedrosa.
Para falar sobre esse assunto o Jornal Tambor desta sexta-feira (11/10) entrevistou Gabriel Marques, realizador da mostra.
(Veja, ao final deste texto, a íntegra da entrevista de Gabriel no Jornal Tambor)
Gabriel disse que a ideia partiu de motivações pessoais, desde criança sempre gostou de consumir produtos cinematográficos.
Ele falou que a Mostra foi pensada para proporcionar uma experiência divertida, principalmente para aquelas crianças e adolescentes que não conseguem ir ao cinema de forma frequente, por motivos financeiros das famílias.
“A gente sabe que esse lazer de ir ao cinema é um pouco caro, então eu quis democratizar essa experiência, de tirar o ingresso, pipoca e refrigerante de graça, de ver o filme em uma tela gigante. É um sentimento muito gostoso e gratificante proporcionar isso”, ressaltou o idealizador da mostra.
Leia também: Enfretando o preconceito! Projeto fortalece trabalhos que vêm da periferia
Em relação a formação de plateia, Gabriel explicou que foram feitos convites para escolas públicas, divulgação em redes sociais, distribuição de materiais gráficos em alguns bairros periféricos, como Madre Deus, Liberdade, Camboa, Bairro de Fátima e Centro.
Ele falou que o enfoque principal foi justamente chamar essas crianças periféricas para dentro da sala de cinema.
A Mostra de Cinema Infanto Juvenil da Ilha (sic) se destaca não apenas pela relevância de seu conteúdo, mas também pelo compromisso com a inclusão. Todas as sessões contarão com LSE (Legendagem para Surdos e Ensurdecidos) e intérpretes de Libras, além de acessibilidade física garantida por rampas e banheiros adaptados para pessoas com deficiência (PCDs).
O projeto é uma realização da produtora Kasarão Filmes, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e governo federal. Com apoio da SESC-MA, Cinema SESC, prefeitura de São Luís e Secult.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Gabriel)