Skip to main content

Bancas de revista de São Luís foram desprezadas pelo poder público

Blitz Urbana fez operação para retirar bancas de revista em São Luís | Foto: Divulgação

No dia 30 de setembro, celebra-se o Dia do Jornaleiro. Para homenagear esses trabalhadores, o Jornal Tambor entrevistou, na quarta-feira (02/10), dona Marlúcia Aires.

Ela é jornaleira em São Luís há mais de uma década e educou suas duas filhas com seu trabalho em uma banca de revistas localizada na capital.

Durante a entrevista, Marlúcia, emocionada, afirmou que “nossa profissão é importante para a cultura de São Luís. Mas estamos sendo abandonados pelos nossos gestores”.

A fala da jornaleira resume bem a realidade do ofício na capital maranhense. Em 2020, as bancas perderam espaço na cidade com a retirada de muitas delas pela prefeitura, incluindo as do Centro e do Renascença.

O apagamento desses pontos de cultura do cotidiano de quem mora ou visita a Ilha reflete a negligência do poder público em excluir as bancas da vida da população.

(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Marlúcia)

A jornaleira mencionou que anteriormente havia cerca de 130 jornaleiros em São Luís. Hoje, segundo ela, existem apenas 25. Esses trabalhadores resistem, mesmo em um cenário desfavorável para a profissão.

Para dona Marlúcia, há desafios que colocam esse ofício em esquecimento na capital. Entre eles, a falta de espaços adequados para as bancas, a ausência de distribuidores em São Luís e a falta de apoio do poder público.

“Há um desprezo dos governantes pelos jornaleiros. Em 2020, as bancas ganharam uma emenda parlamentar para revitalização no Centro Histórico. Esperamos que o atual prefeito e os vereadores cumpram isso e olhem para nós como trabalhadores”, ressaltou Marlúcia.

Ela lembrou que muitas pessoas ainda se surpreendem com a existência de bancas em São Luís, dado que há poucas na capital.

Leia também: São Luís! Ausência de bancas de revistas geram graves prejuízos

A militante explicou que educou suas duas filhas, hoje adultas, apenas com sua profissão, destacando que, desde crianças, elas adquiriram o hábito de ler com a ajuda dos livros e gibis que vendia na banca.

“Em São Paulo, há bancas em várias esquinas; aqui, existe essa desvalorização da própria cultura da cidade. O poder público não se importa com a cultura do município. Mas a gente resiste”, lamentou a jornaleira.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Marlúcia)

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x

Acesso Rápido

Mais buscados