O Fórum Popular de Educação do Campo do Maranhão (Fopec) organizou, no dia 10 de setembro, em São Luís, um Ato Público em Defesa da Educação do Campo e dos Territórios Camponeses.
Uma das principais reivindicações foi a criação de uma Política Pública Estadual de Educação do Campo.
O ensino no campo enfrenta precarização devido à falta de escolas de ensino médio, ausência de infraestrutura de qualidade nas escolas e à valorização inadequada da carreira de professor(a).
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O ato foi promovido por diversas entidades, tanto da área acadêmica quanto dos movimentos sociais.
Para discutir o tema, o Jornal Tambor entrevistou, na terça-feira (10/09), Cacilda Cavalcanti e Maria Alaídes.
Cacilda é professora do Departamento de Educação da UFMA, e Maria Alaídes é Coordenadora Interestadual do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco (MIQCB).
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Cacilda e Maria.)
Além de defender a Educação do Campo, o ato denunciou uma série de violências que vêm ocorrendo no Maranhão, destacando a necessidade de proteção dos povos do campo e de seus territórios.
Para Alaídes, o ato foi fundamental para defender a agroecologia como modelo de desenvolvimento sustentável. Ela destacou que grande parte dos alimentos consumidos pelo brasileiro (a) vem da agricultura familiar, algo que garante a segurança alimentar de muitas famílias, principalmente no Maranhão.
“Através da educação de qualidade no campo, nossos jovens terão a oportunidade de estudar em seu próprio território, além de conhecer e potencializar as técnicas da agricultura familiar”, pontuou Maria. A coordenadora do MIQCB, falou que “o governo do estado é omisso em relação às pautas vivenciadas pelas comunidades impactadas pela violência”.
Segundo Cacilda, é crucial que o governo do Maranhão atenda e escute as demandas dos povos e comunidades tradicionais.
As entrevistadas afirmaram que o objetivo do ato foi pressionar o governo do Estado do Maranhão para atender às demandas e sensibilizar a sociedade sobre a violência no campo.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Cacilda e Maria)