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Povos e comunidades tradicionais! Posse da terra é fundamental para soberania alimentar no Maranhão

“Povo sem território não tem onde plantar e nem o que comer”, disse Rosa Tünycwyj Tremembé, da comunidade Cumbique, em entrevista ao Jornal Tambor de quinta-feira (29/08).

A soberania alimentar foi um dos temas discutidos durante o 15º Encontrão da Teia dos Povos Tradicionais do Maranhão, que aconteceu entre os dias 25 e 30 de agosto, na comunidade Alegria, no município de Timbiras.

O Jornal Tambor de quinta-feira (29/08) tratou do assunto.

Entrevistamos, diretamente do Encontrão da Teia, a liderança indígena Rosa Tünycwyj Tremembé e a quebradeira de coco Rosa Gregória.

(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista)

Rosa Gregória disse: “Quando atacam nossas roças, prejudicam nossa saúde e a da nossa família. Eles querem nos enfraquecer nos deixando com fome, mas não vamos desistir”.

Um dos desafios apontados pelas entrevistadas é a garantia e permanência da soberania alimentar nas comunidades sem territórios demarcados.

Leia também: Fraude no Maranhão! Fazenda de 90 mil hectares tem registro cancelado pela Justiça

Gregória ressaltou que os povos estão em uma luta coletiva permanente por territórios livres, porque, segundo ela, “ou a gente faz essa luta de soberania alimentar junto ou vamos todos morrer juntos”.

Para Tünycwyj, as comunidades têm buscado estratégias para combater esse problema, e uma delas é a organização e o avanço do processo de retomada das terras.

“Esse processo de retomada dos povos é para pegar de volta nossas terras que foram tiradas forçadamente da gente. Assim, vamos garantir a verdadeira soberania alimentar”, afirmou.

Foto: Reprodução / Agência Tambor

O veneno ataca a soberania alimentar dos povos

No Encontrão da Teia, várias lideranças indígenas e quilombolas relataram que vêm sofrendo com o avanço do agrotóxico dentro de seus territórios.

Em todos os casos, o uso de agrotóxicos nessa atividade prejudica a vida e os alimentos de muitas famílias que dependem da terra para plantar e sobreviver.

Ao final, as duas entrevistadas reforçaram que a resistência das comunidades, a organização e o processo de retomada das terras indígenas devem permanecer e ser fortalecidos.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Rosa Tremembé e Rosa Gregória)

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