A Caixa Econômica Federal tem sofrido com a falta de trabalhadores nas agências. É preciso contratar mais bancarias e bancários.
Esse problema impacta o atendimento ao cliente e a saúde das pessoas que hoje trabalham no banco. Existe uma precarização dos serviços oferecidos à sociedade e uma sobrecarga sobre os funcionários.
Como forma de resolver esses problemas, um concurso público foi realizado este ano de 2024, mas o número de pessoas chamadas ainda não atende à demanda.
A Caixa Econômica tem um papel social fundamental na vida de milhões de brasileiros e brasileiras.
O Jornal Tambor de segunda-feira (05/08) tratou do assunto. Entrevistamos Francisco das Chagas Sousa e Alberto Abraão Loiola Filho.
Francisco faz parte da diretoria do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEBMA), como coordenador da Secretaria Geral, e Alberto é membro da Comissão dos Excedentes do Concurso da Caixa Econômica 2024.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Francisco e Alberto)
Na entrevista, foi informado que o déficit de funcionários em bancos públicos vem ocorrendo de forma crescente no Brasil. Na década de 90, as agências tinham em torno de um milhão de trabalhadores. Em 2021, esse número despencou para pouco mais de 300 mil funcionários.
Segundo Francisco, a saúde dos bancários é afetada pela jornada de trabalho exaustiva, devido à falta de trabalhadores. Além disso, a qualidade do serviço ao cliente também é prejudicada.
O diretor do SEEBMA reforçou que o sindicato e a Comissão dos Excedentes do Concurso da Caixa Econômica 2024 estão lutando juntos para garantir a resolução do problema.
“A nossa principal saída é política. Precisamos sensibilizar o governo federal a mudar a resolução para permitir o aumento do número de funcionários na Caixa Econômica Federal”, completou Francisco.
Segundo Alberto, foram aprovadas em todas as etapas do concurso seis mil pessoas. No entanto, devido à limitação de vagas, apenas dois mil candidatos foram convocados.
Para o membro da Comissão dos Excedentes do Concurso, essa quantidade não supre a demanda da Caixa.
“Durante a execução desse concurso, a Caixa desligou mais de três mil trabalhadores. Então, se colocarmos na balança esses dois mil, não vai cobrir esse quantitativo que saiu”, afirmou Alberto.
Outro problema é o caso das desistências. De acordo com Alberto, se por algum motivo o candidato aprovado desistir de sua vaga, ela não será preenchida pelos excedentes.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Francisco e Alberto)