Os indígenas Krepym Katejé, da Terra Indígena Geraldo Toco Preto, no município maranhense de Itaipava do Grajaú, denunciaram que uma grande quantidade de peixes foi encontrada morta em um trecho do Rio Grajaú, que está causando grande preocupação na comunidade.
O desastre ambiental foi denunciado através de um vídeo enviado pelos próprios indígenas. Na gravação, é possível observar milhares de peixes mortos flutuando nas águas do lago que dá acesso ao rio.
Este problema impacta o modo de vida de diversas famílias que dependem da caça e da pesca para sobreviver.
Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de quinta-feira (01/08) entrevistou Fábio Dias Souza Timbira e Geovane da Silva Timbira.
Os dois são indígenas do território Geraldo Toco Preto.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Geovane e Fábio)
Segundo os indígenas, o problema ocorre devido ao uso de agrotóxico em fazendas de agronegócio, com o veneno sendo despejado no rio.
Para eles, isso representa um grande impacto para o meio ambiente e para a saúde de várias famílias do povo Krepym Katejé.
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Os entrevistados reforçaram que o governo do Maranhão precisa atuar para resolver o grave problema ambiental. Eles também relataram que já foi feita a denúncia ao Ministério Público e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA).
O outro lado
A Agência Tambor entrou em contato com o governo do Maranhão para saber sobre as medidas que serão tomadas em relação à denúncia.
Leia a nota abaixo:
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) informa que tomou conhecimento da denúncia sobre a mortandade de peixes no Rio Grajaú, e que encaminhará para o setor responsável apurar a situação. Além disso, a Secretaria do Meio Ambiente do município será contatada para colaborar com a investigação das possíveis causas.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Geovane e Fábio)