Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
29/08/2020
O Brasil é um país que possui poucas políticas públicas, implementadas, em relação a garantia de direitos às pessoas com deficiência. Em tempos da pandemia da Covid-19, a precarização dos serviços oferecidos à este grupo, aumentou.
Para falar sobre esta situação e as dificuldades que as pessoas com deficiências encontram no país, o Radiojornal Tambor, recebeu, nesta terça-feira (25), o coordenador do Fórum Maranhense das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia, Dylson Bessa, e a jornalista, Regina Atalla, com experiência de 30 anos como ativista e defensora de direitos humanos das pessoas com deficiência.
Regina Atalla destacou que não há visibilidade sobre a proporção de como as pessoas com deficiências estão sendo atingidas pelo novo coronavírus. Segundo ela, a crise sanitária agravou, ainda mais, o contexto deste grupo vulnerabilizado.
O historiador, Dylson Bessa, ressaltou que nunca houve alguma política construída para pessoas com deficiências, mas sim, serviços públicos oferecidos.
De acordo com ele, no Maranhão, que possui mais de 1 milhão de pessoas com deficiência, os gestores municipais não assumem que as as políticas, para este grupo, precisam estar dentro da gestão pública, das Secretarias. E em relação a pandemia, a invisibilidade de atendimento às estas pessoas, pode ser demonstrada em todo o país.
“Não foi criado ferramentas que distinguem pessoas com deficiência, dentro da questão da Covid. Não está se discutindo as políticas”, evidenciou ele.
A jornalista Regina Atalla também pontuou que o último censo apresentou que, no Brasil, quase 25% da população declara que possui alguma deficiência. “Por que um segmento de tão grande magnitude, consegue ser tão invisível para as políticas públicas e sociedade de modo geral?” questionou a ativista.
Segundo ela, é preciso que a questão da acessibilidade e inclusão seja uma pauta de todos os setores.
No entanto, no governo de Jair Bolsonaro, há diversas ameaças de retirada de direitos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).”Parece que o governo trabalha para garantir a desigualdade neste país. Parece que este é o projeto ponto mas não será fácil, pois há uma resistência”, apontou a ativista.
Ela também argumentou que é necessário ter um um olhar na deficiência como um fenômeno histórico e social.
Confira a entrevista completa em nosso TamborCast.