Os servidores da área ambiental, incluindo o nstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), seguem em estado de greve desde do dia 1º de julho. 25 estados e Distrito Federal haviam aprovado a adesão.
Desde então os trabalhadores e trabalhadoras buscam diálogo com o governo federal, mesmo após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 04 de julho, que suspendeu a paralisação dos servidores.
Entre as principais pautas de reivindicações da categoria estão a reestruturação da carreira dos servidores e dos órgãos; realização de concursos; e a retomada nas negociações com o governo.
Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de terça-feira (09/07) entrevistou Renato Magalhães, Bruno Gueiros, Pedro Armengol e Ana Rosa Marques.
Renato é analista ambiental na Supes Ibama Maranhão; Bruno analista ambiental do ICMBio São Luís/MA; Pedro diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e da Central Única Dos Trabalhadores (CUT); e Ana é analista ambiental do IBAMA/MA.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Renato Magalhães, Bruno Gueiros, Pedro Armengol e Ana Rosa Marques)
Apesar dos avanços no combate ao desmatamento e queimadas em biomas brasileiros, e a expulsão de invasores em áreas protegidas, as condições de trabalho desses servidores ainda estão longe do ideal.
Segundo os entrevistados, com a política antiambiental no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, os órgãos ambientais enfrentaram um verdadeiro desmonte. E os servidores precisaram resistir a prática de desvastação do ex-ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O diretor da Condsef disse há mais de dez anos que não é realizando concursos públicos para aumentar o número de servidores, principalmente para área de fiscalização.
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Ana Rosa pontuou que existem servidores sobrecarregados desempenhando várias funções e recebendo somente por um serviço.
Para Bruno e Renato, essa situação precária da categoria prejudica a qualidade dos trabalhos das instituições.
Ao final eles reforçaram que “quando todas as nossas demandas forem atendidas nossa greve chegará ao fim”. E que eles voltaram ao trabalho por conta da decisão do STJ, mas continuam pela luta de seus direitos e em estado de greve.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Renato Magalhães, Bruno Gueiros, Pedro Armengol e Ana Rosa Marques)