Docentes e técnicos administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) seguem em greve e mobilizados em defesa de direitos e por um ensino gratuito e de qualidade.
Em ato unificado, na terça-feira (11/06), em frente à entrada principal da UFMA, os grevistas demonstraram a unidade dos(as) servidores(as) da educação federal.
A mobilização reflete a insatisfação com as atuais condições enfrentadas nas instituições federais de ensino, que clamam por recomposição salarial; revogação de todas as normas que prejudicam a educação federal; recomposição do orçamento e o ajuste imediato do assistência estudantil foram algumas das principais questões levantadas pelos grevistas.
Durante o ato, a professora Cristina Araújo, secretária geral da APRUMA – Seção Sindical, destacou a importância da mobilização, mesmo diante de movimentos de negociação do governo federal.
“Por mais que o governo tenha liberado um montante de recursos, nós sabemos que é insuficiente, sobretudo levando em consideração a precarização das nossas instituições do Maranhão e do Brasil”, enfatizou.
Reivindicações
Entre as reivindicações das categorias estão a recomposição das perdas salariais do período referente ao governo Temer até o final do governo Lula.
O índice reivindicado para o bloco de servidores que reúne docentes federais é de 22,71%, dividido em 3 parcelas de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. O cálculo considera as estimativas de inflação de 3,87% em 2024 e 3,5% em 2025, conforme projeção do Banco Central.
Além disso, as entidades sindicais reivindicam equiparação dos benefícios, sem exclusão das pessoas aposentadas; revogação das medidas que atacam servidores e a assinatura de um termo de compromisso para negociação das perdas salariais no governo Dilma.
Foto: Greve no ensino federal segue a todo vapor!
Ainda de acordo com as demandas apresentadas pela Apruma com “o compromisso de zelar pela garantia dos direitos trabalhistas e acadêmicos da categoria docente da Universidade Federal do Maranhão” conta também como um dos pontos principais da pauta “a defesa da universidade pública e de sua autonomia”.
A entidade também pedem a revogação da Resolução CONSUN nº 361/2021, que alterou o Estatuto da UFMA e a convocação de estatuinte exclusiva e paritária com representantes de docentes, discentes e técnico-administrativos; transparência no orçamento da universidade e nas suas relações com a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e fundações ditas de apoio.
Também integra a pauta os itens “assegurar a autonomia e isonomia dos campi do continente, garantindo o funcionamento acadêmico e administrativo de forma democrática; e a elaboração de edital para remoção docente com critérios isonômicos”, dentre outras.