Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
04/03/2020
O Brasil apresenta mais de 600 casos suspeitos do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. Oito pessoas foram confirmadas infectadas com a doença no estado de São Paulo, Espírito Santos e Rio de Janeiro e, recentemente, dois pacientes foram descartados de estarem com o vírus no Maranhão. De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), 80 países já foram atingidos.
Para falar sobre a epidemia que tem causado alerta em autoridades e na população, a médica infectologista e professora do departamento de Patologia da UFMA, Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, conversou com a jornalista Flávia Regina no Radiojornal Tambor, desta quarta-feira (4).
Ela comentou que os casos apresentados com mais gravidade são, geralmente, homens de mais de 50 anos, pessoas com doenças crônicas e idosos.
Estudos estimam que a taxa de letalidade gira em torno de 2%, mas varia a depender da faixa etária.
Para preveni-lo é necessário adotar medidas de higiene, como lavar as mãos; ao tossir ou espirrar cobrir a boca e o nariz; utilizar o álcool em gel. A médica também explicou que o uso da máscara deve ser feito apenas por pessoas que já estejam infectadas, pois é necessário para que não haja transmissão e ela também não adquira outras bactérias.
Segundo Maria dos Remédios, o coronavírus ainda não possui um tipo de tratamento ou vacinas, por ser um novo tipo de doença. Os sintomas apresentados são semelhantes ao da gripe e, por conta disso, o Ministério da Saúde antecipou a campanha de vacinação deste ano para que as pessoas sejam imunizadas da influenza e a possibilidade de estar com o coronavírus diminua.
A professora também destacou que o Brasil tem adotado as medidas necessárias, junto ao OMS, para que o vírus não se propague no país. O Ministério da Saúde tem orientado como os governos estaduais devem agir em relação à epidemia; também enviou kits para os estados, que facilitam o diagnóstico do coronavírus e têm divulgado informações atualizadas em seu site e rede sociais para alertar a população.
Segundo a entrevistada, as fake news têm causado pânico às pessoas e por isso elas devem se informar em fontes confiáveis como a do Ministério da Saúde. “O nosso principal problema hoje é desinformação. Temos que combatê-la”, enfatizou Maria dos Remédios.
Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast: